Mais de 5% das empresas já recorreram aos apoios do Estado para suspender contratos e reduzir horários de trabalho devido à pandemia, mas há regiões do país onde o peso do recurso ao lay-off simplificado é mais elevado, como o Norte e a região da Madeira.
No distrito de Braga, 8% das empresas já aderiram ao lay-off, e no distrito do Porto a percentagem atinge os 7%, de acordo com cálculos do JN/Dinheiro Vivo, hoje divulgados e que têm por base os dados divulgados ontem pelo Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério do Trabalho e os dados do INE sobre a distribuição nacional das empresas.
Segundo o balanço do Governo, até à última terça-feira, já 69 581 empresas tinham recorrido ao lay-off, num número que entretanto continuou a subir. À partida, têm um peso relativamente baixo no todo nacional, de apenas 5%, mas que se torna muito mais expressivo quando se tem em conta o número de funcionários que empregam: mais de 938 mil, ou seja, mais de um quinto dos trabalhadores por conta de outrem.
Lisboa, Porto e Braga são também os distritos com maior número de trabalhadores independentes afetados pela pandemia. Dos mais de 145 mil que pediram apoio, perto de metade eram residentes nestes três distritos.