As filas à porta do Centro de Emprego acabaram, mas nem por isso existe menos procura. Pelo contrário, a pandemia de Covid-19 deixou muitas empresas sem outras opções à excepção de dispensar funcionários.
Antes do surto do novo Coronavírus, o país estava num nível baixo de desemprego, mas agora há bastante mais desempregados no seguimento de contratos a prazo que não foram renovados, mas também por parte de contratos que estavam no início e que antes do fim do período experimental foram interrompidos pelas empresas ou, em minoria, despedimentos coletivos de quem tem contratos sem termo.
Em entrevista à TSF, Marçal Mendes, presidente do sindicato dos trabalhadores do serviço público de emprego, admite até que "mesmo na crise de 2008-2009 e nos anos seguintes, houve um enorme impacto na atividade económica e no emprego, mas uma coisa assim penso que é inédito".
Os recém-desempregados tentam agora contactar o Centro de Emprego através de meios alternativos como o telefone ou internet, mas a espera continua a ser longa.